Também ganhamos as seis cores do arco-iris, que representam muitas das nossas caracteristicas. Representam mesmo? Quais? Qual a cor do desprezo que recebemos? E qual a cor de um insulto, qual a cor da violência, qual a cor do abandono, da negligência, do preconceito, da discriminação? Por fora, temos muitas cores. Temos? E por dentro? Por dentro, somos quase sempre rosa. Quase sempre nossa pele, por dentro, é rosa. Quase sempre, quase mesmo? E qual é o gosto dessa pele rosa, dessa mucosa, quando ela se expõe pelo cu, pela buceta ou pelas tetas? Um cu rosa tem o mesmo gosto de um pinto rosa? Um mamilo rosa e uma lingua amarela? Uma buceta roxa numa buceta branca? Um cu bege numa pica ruiva? Uma lingua vermelha numa rola negra? Uma lingua roxa num cu amarelo? Uma rola branca num cu vermelho?
E em meio a tantas possibilidades, redescobrimos jóias do nosso passado (nosso, o passado de tantas sapatas, de tantas travas, das bichas, viados, giletes, invertidas..). Jóias, que nos inspiraram ainda mais e vão continuar inspirando: The Cockettes, grupo norte-americano de São Francisco que desbundou nas décadas de 1960 e 1970 e colou gliter na barba e paêtes nos pentelhos; o Lampião da Esquina, jornal que tratava das nossas inversões com deboche, esculhambação, denúncia e muito desbunde; as brasileiras, Dzi Croquettes, quase contemporâneas as primas gringas, que incorporaram ao brilho, a palha e a chita. E as torcidas gays, dentre elas, a Coligay, torcida do Grêmio Futebol Clube, que invadiu estádios nas década de 1970, rebolando e batucando no meio dos machos. Enfiando bichice guela abaixo.
Adorei... do branco ao preto, somos todos iguais!
ResponderExcluirUm cu rosa tem o mesmo gosto de um pinto rosa? Não, pinto rosa é mais gostoso!
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